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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Entrevista DEDILHADAS - dia 12/05/11




Quando começou o Dedilhadas?

(Samantha) O dedilhadas.... Você quer saber datas específicas... O dedilhadas começou em agosto (risos). Você quer saber como surgiu a idéia. Eu tinha assistido vlogs do naipe tipo PC Siqueira assim... O “Mais Pôxa vida” e achei tudo aquilo muito divertido e fazia tempo que eu não trabalhava com vídeo, minha formação é Radio e TV, mas eu sempre trabalhava com isso, e aí eu comentei com a Rô porque só a gente de todas as nossas amigas tinha essa possibilidade de “botar” a cara no vídeo e família nunca... no máximo falar assim: Poxa acho que não foi uma boa idéia entendeu? Mas não ter briga não ter escândalo, nem nada assim. Daí falei com Rô que a gente deveria criar um negócio assim e ela adorou: Porque né ...aparecida! (risos).

(Roberta) Não sou aparecida.

(Samantha) Ah não é? (risos)... E aí a gente ficou enrolando, enrolando. A gente enrolou o que? (perguntando para Roberta) Quase um ano né?



(Roberta) Bastante tempo.

(Samantha) Meio de preguiça e meio de medo assim também porque dava um pouco né? Naquela época!

(Roberta) A gente não sabia direito como fazer.

(Samantha) É não sabíamos nada. A gente não tinha idéia. Aí um dia eu tinha voltado do curso. Eu estava fazendo curso e ela estava morando em casa um tempo. Eu voltei do curso e ai a gente começou a falar: Vamos gravar, vamos gravar, vamos gravar. Tem que ser agora tem que ser agora, tem que se agora. A gente gravou e ai ela criou o nome. Foi meio assim sabe? Foi meio corrido. A gente criou o nome fazendo o vlog.

(Roberta)... Fazendo o piloto.

(Samantha) Mas demorou quase um ano para sair o primeiro.


(Elizeu) O primeiro vídeo?

(Samantha) É desde o começo de: Vamos gravar, vai ser divertido.

(Roberta) Vamos fazer um vlog. Não tem um vlog lésbico! Não tem ninguém que fale diretamente para as pessoas.

(Samantha) Porque na real eu tinha visto uma reportagem sobre os grupos gays de meninos e um deles me chamou muita atenção que era um grupo para andar de bicicleta, mas só de meninos gays, não tinha uma menina lá no meio, quer dizer, o meio lésbico não conseguia se juntar pelo menos para fazer isso. A gente começou com tudo isso para tentar juntar um pouco mais essas pessoas sabe? Sei lá... Foi uma tentativa.
(Elizeu) Igual este material de hoje né? Também é muito novo, a gente não achou.

(Samantha) É então, fica mais difícil se você não tem onde procurar.


(Dalva) Eu queria saber do tema. Vocês recebem muitos emails de meninas comentando da vida delas? É assim que surge um tema ou não?

(Roberta) Às vezes! Por exemplo, um dos vídeos mais legais na nossa opinião, chama-se “Recadinho aos pais”. Este veio por meio de uma menina que os pais haviam descoberto que ela estava com uma outra menina e simplesmente tiraram a menina da faculdade, da cidade, telefone, email, acesso a tudo porque ela não podia ser gay, não podia participar de mais nada.

(Samantha) Mas vira e mexa acontece da gente começar conversar e sair o vídeo. Porque na verdade a gente grava quase... Às vezes uma hora, às vezes um pouco mais. Fica a média de uma média de quarenta e cinco minutos até uma hora e meia.


(Dalva) E são muitos emails que vocês recebem ou não? Pelo o que vi, vocês viraram um ícone para as meninas. Pras meninas adolescentes que estão se descobrindo agora vocês são referência!

(Samantha) É... A gente recebe bastante perguntas tipo: “Estou apaixonada pela minha melhor amiga que é hétero. O que é que eu faço? A gente nunca passou por isso, a gente não faz idéia do que você deve fazer, mas temos que dar uma resposta. Porque se eu estivesse perguntando a gente imagina dessa forma. Se estivéssemos muito em dúvida e tivesse alguém para perguntar lá trás. Talvez para a gente teria sido mais fácil . Às vezes a gente responde e às vezes não sabemos. Desculpa a gente não passou por isso, mas de repente você pode ir por ali, por aqui. (risos).

(Roberta) A gente deixa claro que é nossa opinião e que aquilo não é a maior verdade para ela seguir. Às vezes a idéia vem peloTwitter, pelo Formspring que são os canais que a gente tem de comunicação com as pessoas que assistem o vlog, ou até pelo próprio canal. Então por exemplo, o último tem uma que a gente fez sobre profissionais gays. E como se portar no trabalho e tal foi uma menina que mandou pelo twitter pra gente: “Sou fisioterapeuta e alguns dos meus pacientes não querem ser tratados com pessoas gays porque é uma profissão que toca o corpo e tal. O que vocês vêem sobre isso. E a gente fez o vídeo baseado nessa dica da menina.


(Dalva) Daí se fez um manual / Guia do gay? (risos)

(Roberta) Não... Mas assim a gente falou a nossa opinião, tipo: eu não tenho problema, eu não me escondo no trabalho...

(Samantha) Mas tem trabalho que é difícil mesmo! O que a gente sempre tenta pelo menos deixar nos vídeos, isso desde o começo, essa tem a nossa opinião e tem essa outra. A gente mostra as duas e vocês decidem. A gente não tenta impor nada. Acho que só quando a gente ta meio (puta) com algum negócio tipo um " Bolsonaro " da vida. Aí, a gente começa a falar mais e ficar mais inflamada e a querer só nossa própria opnião.

FIM PARTE I

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